5 Erros mais comuns na troca de oleo

Você já deve ter ouvido de um amigo, familiar, ou aconteceu com você mesmo, que foi trocar o óleo do carro, e se deparou com os seguintes resposta do trocador de oleo: “está com vazamento de óleo”, “a rosca do bujão do cárter está espanada”, “o óleo está acima da marca máxima”, ou pior “abaixo da marca mínima”, “o motor está com borra”, etc...

A troca de óleo do motor de um carro, é uma das manutenções mais básicas que existe e que temos que executar periodicamente em todos os carros independente da marca, do motor, ou valor agregado, do automóvel.
Mesmo sendo muito simples podemos ter graves problemas a médio e longo prazo, devido a erros cometidos por mecânicos ou trocadores de óleo, por ignorarem alguns detalhes.

Aqui listo os 5 erros que mais identifico na minha oficina.

Bujão e arruela de vedação

Bujão ou parafuso de drenagem do óleo é composto de uma arruela (ou anel oring) para vedação do bujão no cárter, este simples componente quando não é substituído, fica deformado, devido ao excesso de aperto, podendo causar o problema de danificar (espanar) rosca do cárter, ou de gerar vazamento de óleo.

Portanto sempre que for trocar o óleo do seu carro, exija que seja substituída a vedação do bujão do cárter.

Óleo de aplicação errada.

Todos os fabricantes de automóveis, quando estão desenvolvendo seus carros se deparam com a escolha do lubrificante ideal para seus motores, isto envolve muitas variáveis, como temperatura, tipo de combustível, folgas internas dos componentes moveis do motor, emissões de gases, etc..

No manual do proprietario de qualquer modelo, sempre esta escrito qual a especificação do óleo correto para o modelo do seu carro.

Resumidamente esta especificação nos trás duas categorias principais, como viscosidade,indicada em geral na embalagem como (5w30) onde o w significa inverno (termo em ingles winter), e a qualidade indicada por um conjunto de siglas, como API SM, onde o S (termo em ingles spark, quer dizer vela de ignição presentes nos motores movidos a álcool, gasolina e GNV), já a letra M quanto mais avançada à letra do alfabeto melhor é a aditivação do lubrificante.

Portanto, sempre temos que utitilizar a especificação correta do manual do proprietario.

Formação de Borra.

Este é um termo muito comum relatado nos ultimos anos para explicar um efeito muito grave do que pode gerar a falta de uma simples troca de oleo no prazo correto, e da utilização do lubrificante especificado.
A formação de borra de oleo ocorre na maioria de vezes por volta dos 30000km, acontece com o aumento da viscosidade do oleo (espessamento do oleo) podendo com o passar do tempo chegar ao extremo, quando o oleo fica com o aspecto pastoso, semelhante ao de graxa.

Isto tem varios inconvenientes para o motor, porque compromete a principal função do oleo, que é lubrificar as partes moveis do motor, levando o motor a fundir, em alguns casos, devido a ignorar os sintomas iniciais.

Podemos fazer uma analogia do sistema de lubrificação do motor do carro, ao sistema sanguinio de nos humanos, sendo que a borra de oleo seria o colesterol no carro.
http://www.flatout.com.br/isso-e-o-que-acontece-quando-voce-nao-troca-o-oleo-do-seu-carro/

Adição de Aditivos.

Existem no mercado inumeros aditivos para oleos lubrificantes, todos como diversas “vantagens” para o motor, porem quando se utiliza o oleo especificado pelo fabricante, não é recomendado (inclusive pelo fabricante), a adição de aditivo extra, porque o oleo já possue um pacote contendo todos os tipos de aditivos necessarios.

Prazo de Troca.

Este tema gera muita polemica na reparação de automoveis, pois o fabricante recomenda a troca do oleo, com numero x de km, para condições severas de uso, e Y de km para condições normais de uso, mas temos na maioria das vezes erro na interpretação das condições, vamos exemplificar.

Uma pessoa que roda com o seu carro em trecho urbano em trajeto menor que 4 km em media, que seria, ir para o trabalho pela manha, e ir para casa no final do expediente, tem a pior condição de funcionamento para o motor, devido ao tempo de funcionamento do motor, pois o mesmo nem mesmo chegou a temperatura normal de trabalho, onde se tem o maior desgaste interno do motor, ou tambem o oposto, onde temos a mesma rotina, em uma grande metropole, que fica aquele transito absurdo, de anda-para, o que tambem é muito desgastante tanto para o motorista como para o motor, porque o oleo trabalha muito quente, tambem compromentendo o prazo, sendo assim concluimos que se enquadra na condição de troca de oleo severa.

Já um carro que roda o dia todo, em trecho cidade/estrada, como frotistas, o motor trabalha durante todo o tempo em temperatura normal de trabalho, gerando menor desgaste, portanto se enquadrando na condição normal de troca de oleo.

Resumindo para saber o prazo correto de troca de oleo, a maneira correta seria efetuar analises periodicas de amostras de oleo, para identificar os particulados e então determinar os periodos, como não é viavel financeiramente estas analises para o usuario comum, podemos praticar o prazo medio de troca de oleo, em função de dados praticos, e não em função das bases do oleo, como oleo mineral Xkm, oleo sintetico Ykm, e oleo semi-sinteticos z km.